quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

dois assuntos

Até tão pouco tempo tomava mais cuidado com as palavras, dizendo-as com tracinhos e entortando suas metalógicas, dizendo o que os ouvidos e os olhos de acolá queriam auscutar. Mais breve tempo, quase agora ali atrás, elas me saem como a mais sinceridade simples me pede, com mais verdade, verdade sim senhor, porém mais curtas, enxugadas, entortadas por necessidade de expressão e não por recursos estéticos agradaveístas. Os racorosos e endurecidos que amoleçam e aprendam a sorrir com as danças alheias. Julgar sinceridades quando serenas? Ixi, nem vem. É que me veio a traquilidade de que tudo é bem diferente do que esses nós que nos enrolamos tenta parecer. Sem medo, sem se sentir afetado pelo olhar enviesado do travado ao lado, sigo destravando a mim mesmo e não permito interrupções mesquinhas de minha dança e procura. O que tudo pede é atenção no amor, firmar o foco no acolhimento do sossego do outro que tá bem na sua galáxia e na galáxia logo em frente. Afinal, tem tanta gente no mundo, cada um querendo e merecendo - como todos - se aconchegar..., o papel é acalentar, limpar e varrer as travas e as sujeiras dos cantos que ainda tem pra ser ocupado por vidas e cada minuto chega mais e os minutos um em cima do outro, se amontoando, de 2001 a 2010 meia hora a mais pro ônibus chegar até o lugar, quintais diminuem, bichinhos virtuais novos têm de ser criados, tâ todo mundo querendo chegar e quem manda cada vez mais agente não se sabe quem é e não importa, o papel é dar um passo pro lado porque cabe mais um expremido e isso não é uma crítica social, é a missão pra lição que aqui descrevo. Irá continuar roubando beleza? Espere a peia. Ela vem de dentro de sua barriga, igual quiném o Alien. Extra! Extra! Beleza roubada se condensa em nó. Extra! Extra! Olhos duros inibem micro-brechas. E quando acaba o espaço habitável de um morro, pra onde vai a favela? ... é muita gente, meu Deus, que missão!
como pode pensar menos de você?
repare,
maravilhosa chama
seus olhos criam mostros
mas, também criam aquelas estrelas

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pra Jah

Já estourei
Já estou rei
Jah estarei

“Quando o estado usa a violência contra a sua população, algo esta errado!”


Qual é o custo desta guerra?
Dói no fundo do meu peito ver o rosto aterrorizado das pessoas sendo revistadas pelo BOPE, pois quem já passou por uma revista sabe ou imagina a ênfase no espanto. É indigno viver em uma sociedade onde há uma guerra e que pessoas não possam resolver os conflitos de forma não-violenta. Uma verdadeira operação de guerra esta acontecendo nos morros do Rio de Janeiro sem que se respeite os direitos das pessoas. Porque o Secretario de segurança publica do rio de Janeiro poderia nos dizer quais são os verdadeiros motivos desta ocupação, pois eu não acredito nestes argumentos de que a guerra será vencida, se os EUA não vencem uma guerra de guerrilha, não será o BOPE que vai vencer, mesmo contra um exercito destreinado. Talvez fosse importante revelar quanto vai custar financeiramente para todos essa guerra, pois sabemos que restou aos moradores da comunidade apenas os deveres, porque os direitos nunca vão existir através da violência. Baleado é bandido, porque o Bope nunca erra. Faca na caveira, Bope com licença pra matar.Na televisão era possível ver tudo ao vivo, e o Bope reclamou pela internet “ Vocês prestam um desserviço filmando nosso trabalho. Medida paliativa. O dinheiro que esta sendo gasto nessa guerra, nessas armas, deveria ser repassado as pessoas que de fato são donas dele. Porque o que deve ser discutido é que temos de dividir melhor tudo que transformamos nesta realidade. Este sangue derramado continuara a alimentar este ódio. E esta guerra não vai terminar agora.
muito vasto os vôos
lhes encontro lá
olhos no olho

domingo, 7 de novembro de 2010

dia longo
potência e acaso
dialogam
galhos tortos do ipê

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dámaso Cerruti em Londrina

Músico e percussionista argentino Dámaso Cerruti ministra oficina em Londrina

Importante músico argentino, Dámaso Cerruti está em turnê pelo Brasil para apresentar uma pedagogia singular, com enfoque na sociologia do ritmo e na potencialização da expressão criativa. Em Londrina, ele mostra essa metodologia em oficina que será realizada no dia 5 de novembro, na Vila Cultural AlmA Brasil.

A oficina é aberta não apenas aos percussionistas e bateristas, mas a todos os interessados em novas possibilidades criativas, até mesmo àqueles que não iniciados em música. Durante as 4 horas de atividade, o participante passará por um processo pedagógico e composicional com auxílio de recursos audiovisuais e apostila, ampliando conhecimentos de arranjo em grupo.

Dámaso Cerruti nasceu na Argentina e desde 1985 percorre o Brasil ampliando
seus estudos e aprimorando sua pedagogia. Ele é autor do primeiro método de bateria

editado no Brasil, além de ter publicado mais cinco livros sobre o universo do ritmo, sendo colaborador das melhores revistas para músicos do país. É um dos poucos solistas em bateria no mundo e o único em ritmo latinos, sendo o responsável pela criação do curso técnico de bateria da Universidade Estadual de Maringá.


Assista uma vídeo-aula em: http://www.youtube.com/watch?v=mqxRmKcufeE
Blog da oficina: http://criatividadenorock.blogspot.com


SERVIÇO

Oficina de percussão com Dámaso Cerruti

Quando: Sexta-feira - 05/11/2010

Horário: 15h-19h

Local: Vila Cultural AlmA Brasil (R. Mar Del Plata, 93 – Vila Rodrigues)

Inscrição: RS 20,00

Informações: (43) 3326-2672

Imprensa: Luis Mioto (43) 8413-6960

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

viva!
vide orquídeas
grato, vida em tudo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Aqueles que plantam são aqueles que ainda sonham!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

geléia n'água-e-sal na manhã
cuidadoso, o homem acordado
serve o filho que não nasceu

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

calma pé! tanta flor
não me deixa cheirar
os galhos tortos

Ao pé

Encontrando assim
uma pequenina flor
de cinco pétalas roxas e finas
caídas de cabeça-pra-baixo na rua dura,
vislumbrei ali a mulher.
Quantas forças contidas nestas cores?
Quantos encontros cósmicos na gênese deste roxo?
E você ali
caída de cabeça-pra-baixo na rua dura, mulher.
Cinco pétalas no roxo
numa cadência estratégicamente cadenciada de beleza,
de sutilidade sedutora pelos excessos calidamente retirados.
E a quem tanto?
Nem sabe.
Só sabe que sempre funcionou assim,
que é assim o seu juízo de beleza,
que vem da planta
e você atenta à flor.
Recolho ela assim
e a girando em meus dedos
tento a olhar por através deste roxo
e me sinto seduzido
pelo ser que sentiu a necessidade de compor as cinco pétalas.
Uma bela sem rosto, roxo, nem pétalas.
Que nem se reconhece,
mas que é responsável
por tanta calidez presente, possível e provável.
Queria eu, assim, quem dera
apresentar-lhe, mulher, a ela.

sábado, 25 de setembro de 2010

roupas no varal pingando?
trovoadas e fragor
a chuva sempre se anuncia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Todos temos um

Quem está aí?
Que dá crédito ainda ao tempo,
que agora imagina
e se sente só ou completo?
O que mira, quem é?
Estou tentando caguetá-lo.
Do que é feito este por
onde transpassa as substâncias
e que ainda fica,
não corre, não muda, nem se muda?
Que está sempre aparecendo cada
vez mais e com o sorriso
sereno eterno toda vez diz mudo: sempre estive aqui.
O que é este? Que vive em todas camadas
do mundo de uma vez só?
Que reconhecemos quando pulamos na frente
do medo e lhe damos um susto?
Aquele susto de perder o controle
e a desesperadora estagnação do entendido.
Onde esté este que fica quando tudo
o mais vai embora?
Este que estudo o enigma, quem é?
Quando o vir, ele já era você desde o sempre.
Desvendando quais são as missões, se embaraçando nas dúvidas,
adimitindo que tudo é maior.
Carrega sacos de pó mágico em seu sinto,
acumula feitiçarias e palavras
coletadas nas duras caminhadas de sensibilização.
Tomara que sempre use suas poções
para estalar fendas
em amor entupido.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Esperar até dezembro

Seria melhor não saber que vou ser resgatado em dezembro. Mas agora que sei, meu coração se aperta. Queria ter o sangue frio, não deixar que as emoções tomem conta de mim, mas a lua esta cheia e eu sou a personificação da emoção e do amor.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A pontuação da pontuação


Se coloco uma vírgula aqui, já se dão o direito de respirar e exigir-me que mude o sentido daquilo que estava vindo, quando não esperam habitualmente que eu complemente algo, como acabei de fazer, nas três últimas orações. Isso pra não falar do;, ou seja, o desengonçado “ponto e vírgula”, interrompe abruptamente até a linha de raciocínio. O que não faz um pingo?

Gozado é quando ponho dois pontos:

- O travessão já vem de sopetão, todo autorizado, de narizão reto. Os dois, como se tocassem em seus trompetes agudos uma anunciação de fala igual quando o coelho branco anuncia a rainha de copas ao seu reino, desenrolam um enorme tapete vermelho e... tchã-tchã-tchã-tchã-tchã-tchã-tchãããã:

- Alguém irá falar!

Quem? Ninguém. Era só pra lhe mostrar como é bizarro esse negócio de escrita.

Veja bem o caso do travessão, esse às vezes é um carcereiro. Deixe-o cercar uma palavra como – iogurte – com dois deles que você vai perceber como essa palavra vai parecer completamente deslocada do resto da frase. Olhe só, veja como vigia, quase como duas metralhadoras cuidando de prisioneiros tomando sol. Diferente dos parênteses, que isolam para proteger, como uma mãe (filho), sabe a importância daquilo que carrega.

O oposto são as aspas, essas asas que colocamos nas palavras que a fazem brilhar. A cocaína textual. Não isolam nem exclui. Destaca, realça, mas não sabe brincar e entrega a ironia. Luz acesa no único apartamento acordado do “arranha-céu” na madrugada fria.

E o que dizer da interrogação? Exclamar-se? Perguntar-se! Ah, o que saberíamos sem as dúvidas?

Agora... respirando um pouco as idéias entre estas reticências..., tenho de dizer..., tem um que é arrogante igual um pai cansado e bronco. Shhh... temos de conversar tudo que quisermos antes de ele chegar do serviço (é pingo de i em horário comercial), porque quando ele chega...., virgi, quando ele vem... quando colocamos o.

“Luis”

ela caminha com todos, à todo vapor, no curso natural do rio. eu desobedeço à eles, na margem dele, vendo todos se afogar

domingo, 22 de agosto de 2010

Piam fino, os primeiro pardais,
ela saiu
apressada, com carinho
tomou todo o chá, vejam só!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

curto mais curto

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ela abre os braços e sente todo o calor da plaza colón enquanto por um descuido sente o passado e um sopro frio no peito(e ele?). Ele cruza os braços e treme diante da massa de ar frio, sopra uma saudade em seu peito enquanto o coração acelera (e ela?).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

manhã pelada
pulsava
a válvula do sol
manhã gelada entre nuvens
o sol manhoso
esquenta quando quer

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

veja que você flui junto,
num é um buraco,
é uma folha no riacho

domingo, 20 de junho de 2010

a verdade é sentida
quando se para de mentir a si mesmo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A verdade foi inventada
por um velho mentiroso

domingo, 2 de maio de 2010

Nós na mente

Corrente.
Nós.
Mente.
Mente nós,
correntemente.
Nos mente,
nós correntemente.
Nós na mente,
mente, nós
na corrente
correntemente.
Nós.
Antiontem...
tava cum Q q'eu ia... lá prumas...
hmm... uma ova: toró.
Não de pingos, mas de vãos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Devaneios na cama com uma dama


Ao longo desta formosa cama vejo uma bela dama que disse que me ama fugiríamos para o Alabama para vivermos um velho drama que seria resolvido por um brahma

junto da Ana do Mateus Santana e da Juliana pois soltaríamos a rondana e percorreríamos toda a selva peruana sem deixar de visitar uma doce colombiana nem as mais pura boliviana

Eu quero muito carinho da Africana

Vagar pela rua Paulistana

Fazer torta de Banana

Então chega de Ana pois ela não me ama

(Imagem: Mulheres Musicais de Ana Luiza Keminski)

quarta-feira, 24 de março de 2010

atrasou o tempo
que não sentia medo
e sentia continuo

sábado, 13 de março de 2010

hoje chera
amanhã chora
puxa vida!

segunda-feira, 8 de março de 2010

ã felicidade não é eterna, é infinita

sexta-feira, 5 de março de 2010

quem sabe na pele de outro animal teremos nova chance?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Conter
com
a
gente
num é
com
agente
ter?
Então tão.
- Você é o melhor do mundo?
- Sô.
- Sozinho?
- ... o azar é sé dele, cada ano que passa ele fica mais velho. Iêeee.... iii... eheee!!!
- ... trinta anos... carái.
- Parabéns e larga a mãe. - no abraço.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Somos como corpos perdidos no espaço e que são atraídos uns pelos outros por alguma força ou sentimento. Quem procura não acha, é como descobrir uma música nova, composta bem antes de você nascer, o que os separava não era um muro, uma radio ou estilo musical, era o tempo, não que as coisas aconteçam de maneira premeditada mas parece que depois do encontro vamos reconhecendo o resto do caminho, dali em diante já estamos em casa.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Os amores de hoje são contos,
romances são amores de ontem.