quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ele estava tão perdido quanto ela, ele olhava para o teto procurando bolinhas de papel, chicletes e até aquelas assinaturas de casal com um coração em volta, sem dúvida estava perdido.Ela olhava para frente, na direção da porta que estava completamente escancarada, mas não procurava nada, estava à espera de alguma coisa, alguém que a levasse daquela sala lá para onde alqueles passáros estavam indo à minutos atrás. Alguém aí duvida que ela estava perdida?
A aula terminou e ele saiu apressado como se quisesse respirar lá fora, água, cigarro, toxinas. Ela permaneceu pra conversar com a professora, data, trabalho, entrega. Ele voltou apé para casa, cantava caetano, baixinho. Ela foi pra casa de carro, escutava beatles, bem baixinho. Depois do jantar ela foi procurar o controle da tv e ele fuçava os bolsos atrás de um isqueiro. Antes de dormir ele deitou-se para ler Caio Fernando e sem saber porque, pensou nela, acendeu um cigarro e ficou fazendo bolinhas de fumaça, acabou dormindo com o cigarro aceso. Ela deitou-se e ligou a tv, sempre dormia assim, hoje porém, sem querer pensou nele, trocou de canal e o programa já havia voltado dos comerciais, acabou dormindo com a tv ligada. Dormindo, longe das distrações urbanas, dos vicíos, um do outro, acabam se encontrando.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ao escrever vem uma ânsia de ler, mas não qualquer escrito, um com sentido. E essa minha leitura incluirá suas palavras, seus dizeres. Gostei muito.

Anônimo disse...

pq o paulo n escreve mais?
beijos

Bruna

:)