quinta-feira, 31 de julho de 2008

As montanhas em Minas são cadenciadas, acompanham o andar do trêm, o rio doce tá todo sujo por causa da Vale, mas é imenso, calmo, doce. Tudo é meio amarelado, sol encima da cabeça, uai.
As montanhas no Espirito Santo já são intimidadoras, despontam pra todo lado, uma mais pontiaguda que a outra, todas escondem uma cachoeira, e por todo lado existe a plantação de eucalipito da Aracruz, destruindo tudo por onde chega, mas ainda tem muita mata virgem. Tudo é meio místico, azulado, roxiado, impenetrável.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aos olhos da maioria isso parece preguiça. As vezes finjo que não, mas escuto vozes, e essas conversas são furadas por risadas cortantes de cinismo, mas não dou a mínima para elas, estão totalmente por fora. A verdade é que sentia formigas, várias correndo pelos meus pés e como não eram acostumados com tamanho quantidade de transeuntes, acabei deixando de senti-los. Elas iam subindo e eu descendo, caindo em areia movediça. O fato é que parei, cruzei os braços ante as costas para contempla-lá, e quando tocamos com os olhos, acabamos por nos tornar vulneráveis. Parei para a imaginação continuar andando, parei para deixar de sentir o tempo rasgar a minha cara, desliguei a moto para sentir novos sons pelo silêncio, e quando achei que tudo aquilo se tornara muito perigoso, a moto não quis mais pegar. Quis descer mas ela estava muito rápida, parecia que estava sendo puxada, magnéticamente pelo tempo, para o encontro. Não queria estar ali, mas fui me deixando ir, como se estivesse longe e não pudesse me assistir e quando vi o maldito, parei de ouvir, tentei parar a moto, o tempo, o maldito e somente o segundo fingiu obediência, fingiu. Mas quem me deveria era o terceiro, pois o pare era pra ele, mas também já não o culpo por nada, sinto um pouco de dor, mas um dia ela cessará, a verdade é que deveria lhe agradecer, pois só ele conseguiu me fazer parar.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Cada uno hace el "som"
eso pega en su corazón

terça-feira, 8 de julho de 2008

espinha torta

Tá na cara essa espinha
Seus olhos brilham diante dela
penso nela enquanto espremo, escrevo
e imploro a deliciosa dor da sua ausência
Queria saber porque veio
Se não há dança diante dele
não penso nela, nem durmo, nem beijo
e choro a deliciosa dor de sua presença