domingo, 25 de março de 2012


Numa noite clara,
contorcia
mordia, miava de canto,
olhava lá embaixo,
acariciava.
Será que era isso que queria?
Saía da cama
e mijava
e o mistério ainda ficava.
Uns estampidos dentro dele,
um segredo vindo que não se resolvia
e nem se explicava.
Que travava ao mesmo tempo
que afobava. E acariciava.
Será que era isso o que tanto se pedia?
Pegava a caneta e escrevia
e, depois que relia, riscava.
E foi assim que, demorando,
percebeu, entendeu
e descobriu.
Colocou o caderno de lado
e adormeceu
e, depois, dormiu.
O ritmo é o som e o silêncio brincando de pega-pega.